Avaliação in vitro das propriedades físicas de brackets cerâmicos
Resumo
Na ortodontia, busca-se corrigir esses problemas por meio da movimentação dentária biomecânica, utilizando brackets metálicos, que, embora eficazes, podem ser esteticamente desfavoráveis. Como alternativa, surgiram os brackets cerâmicos, que podem ser policristalinos (formados por múltiplos cristais de óxido de alumínio) ou monocristalinos (compostos por um único cristal do material). Este estudo in vitro teve como objetivo avaliar e comparar as propriedades físicas e mecânicas de ambos os tipos de brackets cerâmicos disponíveis no mercado. Foram utilizados 10 brackets cerâmicos policristalinos e 10 monocristalinos, colados em dentes bovinos padronizados, com inclusão prévia em resina epóxi e ângulo de 90º. As amostras foram armazenadas em água destilada a 37º Celsius. A transmissão de calor para a polpa foi avaliada durante uma fotoativação de 20 segundos, medindo-se a temperatura em três momentos: antes da colagem, imediatamente após a fotoativação e cinco minutos depois. O teste de cisalhamento foi realizado para determinar a força necessária para remover os brackets. Os resultados mostraram que não houve diferenças significativas na transmissão de calor e na força de cisalhamento entre os tipos de brackets. No entanto, a região mesio incisal dos dentes apresentou maior risco de novas trincas, com todas as trincas geradas em sentido vertical, além de um aumento no tamanho das trincas em dentes já fragilizados.