Tríade da farmacodependência em psicoativos: comportamentos que retroalimentam o vício e a drogadição
Resumo
O presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão teórica sobre a dependência psicofarmacológica, analisando os comportamentos que possivelmente aumentem a probabilidade do estado de dependência e sua manutenção. Considerando a natureza complexa desse assunto, serão analisados os materiais referentes aos comportamentos de retroalimentação da drogadição por meio de fármacos, sendo eles o comportamento de fuga/esquiva, autoestimulação prazerosa por meio dos efeitos colaterais do fármaco e o reforço social, de forma crítica. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, de carater exploratório, Busca-se a construção de uma fundamentação teórica estruturada, que traga uma evidenciação competente para análise da tríade, com o objetivo de descrever se esses comportamentos têm real significância no campo da drogadição por meio de fármacos psicoativos, e se essa significância se mostra num grau elevado o suficiente para ser considerado responsável pela retroalimentação da síndrome de dependência em drogas e/ou fármacos, quando focados na dependência apenas de fármacos. A partir da construção teórica e análise foi possível compreender também como o uso de fármacos impacta nas estruturas e funções cerebrais, desde a liberação mais prolongada de neurotransmissores pela fenda sináptica, até a inibição da receptação do neurotransmissor em questão. Por fim a pesquisa permitiu compreender que esses comportamentos (comportamento de fuga/esquiva, autoestimulação prazerosa por meio dos efeitos colaterais do fármaco e reforço social) têm real significância no campo da drogadição por meio de fármacos psicoativos, e que tais comportamentos se mostram num grau elevado o suficiente para serem considerados responsáveis pela retroalimentação da síndrome de dependência em drogas e/ou fármacos, quando focados na dependência apenas de fármacos.
Palavras-Chave: Dependência farmacológica. Tríade de comportamentos. Psicoativos. Neuropsicofarmacologia.