CARACTERIZAÇÃO DO PACIENTE EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE APARECIDA DE GOIÂNIA
Resumo
A crise hipertensiva acomete cerca de 1% da população hipertensa, ressaltando a importância do diagnóstico e tratamento adequados. Ela representa de 0,45 a 0,59% dos atendimentos de emergência hospitalar e 1,7% das emergências clínicas, sendo mais comum que as emergências hipertensivas, afetando mais de 300 mil brasileiros. O objetivo deste estudo é caracterizar pacientes em urgência e emergência hipertensiva atendidos em um hospital no município de Aparecida de Goiânia, Goiás. Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva, observacional e retrospectiva que analisou dados de prontuários do hospital entre janeiro de 2019 e julho de 2023. Foram avaliados 148 pacientes; 87,5% das mulheres e 94,1% dos homens tinham diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica (HAS). Embora a prevalência de HAS entre homens seja maior, a análise estatística não mostrou diferença significativa entre os sexos (p = 0,17). Entre os pacientes, 88,7% de cor parda tinham diagnóstico prévio de HAS, 75% dos negros e 50% dos brancos apresentavam a mesma condição. Os resultados indicaram uma alta prevalência de HAS em pacientes de urgência e emergência, independentemente de características sociodemográficas. Esses achados ressaltam a necessidade de um manejo adequado da hipertensão, sugerindo que as estratégias de prevenção devem ser amplas e direcionadas a toda a população de risco.