Interação entre estádio e tolerância de Borreria verticillata L. ao glyphosate
Resumo
Muitas vezes, a tolerância das espécies também está associada ao estádio de desenvolvimento da planta daninha quando houve a aplicação do herbicida. Levantamos a hipótese que o estádio desenvolvimento eleva o mecanismo de tolerância de Borreria verticillata L. (vassourinha-de-botão) ao herbicida glyphosate devido ao metabolismo diferencial. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamento experimental inteiramente casualizados, em esquema fatorial 4x2x3+1. O primeiro fator foi composto pelos estádios de desenvolvimento da B. verticillata (2 pares de folhas, 4 pares de folhas, 6-8 pares de folhas e pleno florescimento). O segundo fator foi composto por duas doses do herbicida glyphosate (1440 e 2800 ia. ha-1). O terceiro fator foram as épocas de coletas da parte aérea das plantas de B. verticillata 24, 48 e 72 horas após a aplicação do glyphosate. Além disso, um controle adicional foi adicionado. As variáveis avaliadas foram a concentração de glyphosate e ácido aminometilfosfônico (AMPA). As folhas de B. verticillata foram coletadas após a aplicação do glyphosate. As coletas foram realizadas em 3 épocas distintas, às 24, 48 e 72 horas após a aplicação. A porcentagem de controle também foi avaliada 28 dias após a aplicação. Os resultados evidenciam que a eficácia do glyphosate varia com o estágio fenológico, sendo mais acentuada nas fases iniciais de desenvolvimento. A metabolização do glyphosate é mais rápida no florescimento, alcançado valores iguais a zero 72 horas após sua aplicação. Esse comportamento sugere uma adaptação da planta para resistir ao herbicida através da dissipação das concentrações do herbicida.