atores associados ao descontrole da glicemia que desencadeiam o pé diabético em pacientes atendidos em um centro de tratamento do município de Rio Verde- GO

Resumo

As doenças crônicas não transmissíveis, como a Diabetes Mellitus, representaram alta prevalência no Brasil e no mundo, sendo responsáveis por diversas complicações, como o pé diabético. O trabalho teve como objetivo avaliar os fatores associados ao descontrole da glicemia de pacientes atendidos em um centro de tratamento do município de Rio Verde-GO, após um ano da primeira avaliação. Tratou-se de um estudo longitudinal, observacional e descritivo de abordagem quantitativa. Utilizou-se um formulário contendo dados sociodemográficos (sexo, idade, estado civil, ocupação, escolaridade); tipo e tempo de diagnóstico de diabetes mellitus; tratamento medicamentoso (hipoglicemiante oral e/ou insulina, e/ou anti-hipertensivo) e exame físico e neurológico dos pés. Foram reavaliados 58 participantes, com idade média 56,5 anos; 72,4% do sexo feminino, e hemoglobina glicada média de 8,69%. O tipo de diabetes 2 mostrou-se 81% e 51,7% possuem Hipertensão arterial sistêmica associada. O ITB para risco de Doença Arterial Periférica, apresentou valor de 1,01 (DP± 0,16). O estudo mostrou que não foi encontrada correlação entre as variáveis hemoglobina glicada e ITB. Entretanto, o trabalho revelou um aumento nas alterações nos pés de pacientes diabéticos, com destaque para ressecamento, calosidades e fissuras. Embora não tenha encontrado risco significativo para o desenvolvimento do pé diabético, enfatiza a importância de acompanhamento regular em centros de saúde e a educação sobre cuidados preventivos. O uso de calçados adequados e monitoramento frequente são essenciais para evitar complicações. Esses resultados ressaltam a necessidade de intervenções e educação em saúde para melhorar a qualidade de vida dos pacientes diabéticos.