Análise do Perfil Epidemiológico de Gestantes com Sífilis no Estado de Goiás.

Autores

  • Maria Paula Cardoso Avelino de Menezes Vidal UniRV
  • Maria Fernanda de Sá
  • Jessika Rosa Gonçalves de Oliveira
  • Érica Valessa Ramos Gomes Pagnoca
  • Bruna Aniele Cota
  • Gustavo Manzan de Amorim

Resumo

Sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode acometer gestantes e causar consequências para o feto quando ocorre transmissão vertical. A pesquisa buscava traçar o perfil epidemiológico de gestantes com sífilis em Goiás. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional analítico transversal que utilizou como fontes: dados obtidos por meio do questionário aplicado presencialmente às gestantes, na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), de julho de 2023 a maio de 2024. A caracterização do perfil sociodemográfico dos pacientes, bem como as variáveis relacionadas à sífilis, antecedentes ginecológicos e obstétricos, foi realizada utilizando-se frequências absolutas e relativas. Para avaliar as associações entre as variáveis, foram realizadas análises de contingência utilizando o teste do Qui-quadrado de Pearson e Qui-quadrado Post Hoc. A maioria das gestantes é parda, tem ensino médio completo e vive em áreas urbanas. Em 62,5% dos casos, o diagnóstico ocorre no primeiro trimestre. Metade delas tem conhecimento sobre sífilis gestacional e a maioria sabe prevenir infecções sexualmente transmissíveis. Grande parte iniciou a vida sexual e engravidou na adolescência, geralmente com um único parceiro, mas apenas 50% dos parceiros recebem tratamento. Conclui-se que o diagnóstico precoce é um dado positivo, mas o tratamento insuficiente dos parceiros preocupa. Gestantes em áreas rurais enfrentam mais barreiras no acesso ao diagnóstico oportuno. O estudo aponta que é fundamental promover intervenções educativas focadas no tratamento de parceiros e facilitar o diagnóstico, especialmente em regiões rurais.

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Publicado

2025-07-09

Edição

Seção

Saúde