Estudo epidemiológico da malária em regiões não amazônicas nos últimos 10 anos:
uma análise comparativa entre áreas endêmicas e não endêmicas para melhor compreensão da disseminação da doença
Resumo
Introdução: A malária é um grave problema de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento. Com cerca de 198 milhões de casos e 584 mil mortes anuais, o Brasil enfrenta alta incidência na Amazônia Legal, favorecida por condições ambientais propícias. Em 2018, o Brasil registrou aumento significativo de casos e óbitos, com letalidade de até 25%, sobretudo em regiões não endêmicas. A doença, historicamente concentrada no Norte, vem se expandindo para outras regiões devido à urbanização e mudanças nos fatores ecológicos. Objetivo: Analisar comparativamente a incidência e disseminação da malária em regiões endêmicas e não endêmicas no Brasil entre 2013-2023. Metodologia: Estudo epidemiológico descritivo e observacional analisou dados sobre a malária no Brasil entre 2013 e 2023, utilizando bases públicas como SINAN e DATASUS. Resultado e discussão: A malária variou significativamente entre regiões do Brasil, com o Sudeste registrando o maior número de casos. A maioria das infecções foi causada por Plasmodium vivax, seguido por Plasmodium falciparum. Os casos mostraram sazonalidade, sendo mais comuns de janeiro a março, especialmente em áreas propícias à proliferação do mosquito vetor. Adultos jovens e de meia-idade foram os mais afetados. A análise revela a necessidade de estratégias regionais e preventivas para controlar a doença, particularmente na Amazônia Legal e nas estações chuvosas. Conclusão: Este trabalho aprimora o entendimento da malária no Brasil, revelando variações regionais, sazonais e etárias. Destaca a urbanização da doença, com casos significativos fora da Amazônia, especialmente no Sudeste, demandando estratégias de saúde pública.