Análise epidemiológica sobre prevalência do câncer pediátrico no Brasil
um estudo oncológico das neoplasias mais frequentes dos últimos 10 anos
Resumo
Introdução: O câncer pediátrico, que abrange crianças e adolescentes de até 19 anos, representa uma preocupação significativa em saúde pública. Segundo dados do The Global Cancer Observatory de 2020, foram registrados aproximadamente 19,3 milhões de casos de câncer pediátrico em todo o mundo, resultando em cerca de 10 milhões de óbitos. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) indica que a doença é a principal causa de morte por doença nessa faixa etária, com uma projeção de 7.930 novos casos anuais até 2025. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico do câncer pediátrico no Brasil entre 2013 e 2023. Metodologia: Estudo descritivo observacional com dados do SINAN/DATASUS, analisando variáveis como tipos de neoplasias e estadiamento, utilizando softwares como SPSS e Excel para tratamento e análise estatística. Resultados e Discussão: Entre 2013 e 2023, o Brasil registrou 115.360 casos de câncer pediátrico, evidenciando sua gravidade e impacto psicossocial nas crianças e suas famílias. A média de casos por região é de aproximadamente 23.072, com a Região Sudeste liderando com 36,05% dos casos. A análise por gênero mostrou uma leve predominância masculina (51,54%). As neoplasias mais comuns incluem leucemias (14.563 casos), tumores do sistema nervoso central (6.642 casos) e linfomas, refletindo a necessidade de diagnóstico precoce e tratamento. Conclusão: A oncologia pediátrica no Brasil é crítica, com o câncer sendo a principal causa de morte por doença em crianças. A alta incidência de leucemias e outros tipos de câncer destaca a urgência de políticas públicas voltadas para a prevenção e diagnóstico precoce.