Tensões de von Mises desenvolvidas nas infraestruturas de prótese parcial fixa sobre implante de acordo com a mudança de seus materiais protéticos

Resumo

A macro geometria da prótese parcial fixa sobre implantes, quando possuindo elemento intermediário suspenso (pôntico) pode ser utilizada para diminuir custos e/ou viabilizar casos com limitações na estrutura óssea de suporte. Entretanto isso pode gerar maior exigência biomecânica do sistema, e assim a variação dos materiais das infraestruturas protéticas poderia interferir nas tensões desenvolvidas. Objetivou-se neste estudo a verificação e comparação dessas tensões das infraestruturas protéticas, de acordo com a variação do material de confecção das mesmas. Foram analisadas as Tensões Equivalentes de von Mises (TEVM) de forma qualitativa e quantitativa das áreas de maior esforço tensional nestas infraestruturas, as quais foram divididas em grupos experimentais: Cobalto-Cromo (CoCr); Niquel-Cromo (NiCr); Titânio (Ti); Zircônia (Zr); Dissilicato de lítio (DL); Ouro tipo IV (Au) e Resina acrílica (RA). Analisou-se pelo Método dos Elementos Finitos (MEF) para verificação das tensões desenvolvidas, assim como sua intensidade e abrangência, por meio de escala de cores, gerada em ambiente virtual de análise computacional (Software Ansys Workbench). Os resultados obtidos permitiram observar que de acordo com a variação do material usado na infraestrutura protética gera-se diferentes tensões na mesma. De forma geral foi encontrada uma relação diretamente proporcional entre a rigidez do material e as tensões geradas, ou seja, maior rigidez resulta em maiores tensões. É importante ressaltar que em nenhuma situação de variação do material de infraestrutura houve risco iminente de prejuízo à biomecânica das mesmas, com exceção da resina acrílica, a qual atingiu limiares de tensões na estrutura protética próximos de sua resistência máxima flexural.